Você tenta não pensar de dia e a noite você corre.
Ao meio dia você sonha, e no meio da noite sua mente trabalha.
Quem é que venceu?
O que continua vivo ou o que morreu?
Eu também já busquei entender as razões, mas sem abrir mão de viver a minha vidinha.
O resultado foi ter terminado mais um dia como todos os outros, caído sobre os joelhos e com as mãos vazias.
O que você acha de matar o seu eu?
Você vai colher frutos doces!
O que você acha de matar o seu eu?
Você vai respirar aliviado!
Se eu continuasse, ainda teria o nada, e o nada não se reparte.
Só que hoje eu conheci o sentido da rua, o único jeito de sair vivo deste jogo.
No altar eu recebi vida.
Água, sangue e óleo caíram na minha cabeça.
Aquele foi o último dia que eu colhi frutas amargas, que minha ferida sangrou, que a busca por sentido, me sufocou.
Enfim eu encontrei o bálsamo de gileade, a rosa de saron, o cristo ressureto.
Agora existe algo a ser repartido, e a primeira fatia, é um conselho:
- que tal morrer hoje?
O que você acha de matar o seu eu?
Você vai colher frutos doces!
O que você acha de matar o seu eu?
Você vai respirar aliviado!